Eduardo Cursino: FOTOS DIA DA FESTA DO DIVINO ESPIRITO SANTO EM LAGOINHA

Festa do Divino, como é bom recordar o passado através das movimentações artísticas e religiosas, essa festa mistura tudo isso, vai da arte ao religioso criando um misticismo cultural incomparável diante de outras movimentações festivas da cidade. A surpresa que se propõem a cada ano, muitas vezes surpreende os amantes da cultura, como na procissão deste ano cuja a Imagem da PADROEIRA da cidade, que pela primeira vez na história dessa festa, foi substituída pela imagem de Nossa Senhora Aparecida, entretanto outros fatores como a novena, o afogado, a procissão do Mastro, o império, os bonecos gingantes, as congadas, a folia e as duas celebrações Eucarísticas do dia mantiveram - se firmes na conservação e incentivo da cultura e da fé do povo que Lagoinha reside e visita na ocasião desta grandiosa celebração. Observar a fila do afogado é sinal de grande alegria, pois algumas pessoas passaram mais de uma hora na fila para degustar o prato principal da festa, não por que estavam com fome ou por que o alimento era servido de graça, mas sim pela fé, em busca da partilha, ideia está que representa a origem deste evento. Esta partilha inicia um ano antes, pois assim que acaba uma festa, começa os trabalhos para a realização da próxima, isso ocorre ha anos, não só em Lagoinha, mas em cidades vizinhas como São Luiz do Paraitinga e Cunha por exemplo, a Folia visita as casa, canta pedindo esmola para a festa e canta agradecendo na despedida de cada lar onde o Divino Espírito Santo foi bem recebido e recebeu a partilha daquele anfitrião, o tempo passou, e o toque da congada começa com a alvorada, chamando para o café aqueles que em suas casas aproveitando seu esperado sono de descanso, os visitantes começam a chegar tomando conta da pequena e pacata cidade, transformando - na em um grande comercio ao ar livre (um ponto negativo pois muitos não observam esse fato como um empecilho ao comercio local, que fica enfraquecido), deixando de lado eventuais profanidades, desce da Capela de São Benedito o grande anfitrião do dia, levado pelo festeiro e pela folia que o acompanha até a igreja para a missa solene, ali ele será visitado durante todo o dia até a hora da grandiosa procissão pelas ruas da cidade, os congueiros acompanhados pelos pagadores de promessas trazem até o patio da matriz aquele que permanecerá até a próxima festa, simbolizando o trabalho não só de um homem, mas de toda a sua família na realização deste evento, enquanto isso boa parte da lenha aquece os tachões de carne de vaca e batatas, deixando pronto o prato do dia, que será servido por volta do meio dia apos a benção dos Padres, o povo saciado vai conhecer a cidade, visitar o andor já mencionado, o império e aguardar a procissão que sai logo a tarde, seguida da missa e com encerramento na queima de fogos.