domingo, 8 de maio de 2011

Ausência o mal indesejável!


Mãe, não é a que da a luz ao seu igual, e sim é a que o acompanha pela vida;
Mãe é a que lamenta, mas incentiva o filho após a nota baixa conquistada;
Mãe é a todos os dias de manha acorda só para preparar um belo café;
Mãe é a que em todos os momentos da vida esteve ou esta presente e disposta a ajuda e dar sua opinião “mesmo que de nada adiante”;
Mãe é a que não sai da sua cabeça quando se esta distante;
Mãe é a que faz e recebe uma ligação a qualquer hora do dia ou da noite só pra saber se “esta tudo bem?”, afinal Mãe é tudo de bom, pois Mãe é Mãe e cada um tem a sua.
E já que estamos falando de Mães por que não fala também das avós?
Afinal estão são Mães em dobro!

Em especial vou falar da minha que há quatro meses e vinte e cinco dias partiu desta vida, nesses dias que se passaram desde o ocorrido não pude deixar de pensar um só dia em nossos momentos e nas coisas que ainda faríamos, pois jamais esquecerei aquela mulher de gestos simples, mas de aparência autoritária e sempre prestativa em suas atribuições e nas dos outros, pessoa que jamais deixou um ser que fosse sair de sua casa sem antes lhe oferecer um lanche “quase obrigando –o a beber pelo menos um café”, pessoa que não será substituída em meus pensamentos e dedicatórias, nossa avó Geralda que para mim sempre foi mais que uma avó, ela é minha madrinha, atribuição esta que foi assumida diante de Deus na igreja Matriz de Lagoinha aos pés do altar da Imaculada Conceição, em um domingo qualquer de outubro de 1989, atribuição esta que lhe dava e garante o direito de se igualar a minha Mãe “brigo muito com ela mas a amo de mais”, mas nada é tão grande quanto a admiração e o respeito que mantenho por minha madrinha afinal quantas horas passamos juntos, trocando idéias sobre a vida e o futuro, falando de ciência, religião, política, meu padrinho Vicente (seu esposo também já falecido) e sobre a família, em outras horas víamos meus vídeos e minhas fotos (minha maior incentivadora), quantas histórias vou guarda de herança para mim e meus filhos quem sabe também netos, uma riqueza inquestionável, no sentido moral e cultural, nas horas de trabalho sempre atenta, buscando aconselhar para que o serviço saia sempre bem feito “faz assim! Talvez fosse melhor desse jeito!” e ao mesmo tempo se preocupando com a alimentação “Rosa acho melhor apronta o almoço(falava pra minha Mãe), ou então “vamo almoça que a Lurde já está com a comida na mesa”, sempre com palavras instrutivas, jamais autoritárias, há se eu pudesse voltar no tempo, voltar para as manhãs de sábado dos primeiros anos do século XXI, só para dizer um pouco mais o quanto a amo! Talvez não fosse tão bom voltar ao passado sabendo que ficaríamos juntos por mais alguns anos apenas, reviver nossos últimos passos e o ultimo beijo com vida no domingo a noite (após a crisma de sua ultima neta), e depois viver um dia cansativo novamente, exercitando a preocupação, mas mantendo as aparências para não preocupar ainda mais os outros e ao final desse dia cansativo uma segunda feira, 13 de Dezembro de 2010 por volta das 19h a fatídica despedida a caminho do sono diário, que se transformaria a partir da li em sono eterno, pronunciando suas ultima palavra para a Mãe de todos nos “Nossa Senhora vo cai”e o silencio se faz  eternamente nos braços de seu segundo filho.
O tempo já não volta mais, a vida é feita de realidade e não somente de sonhos, cabe agora preservar os amores que ainda caminham conosco, permanecer alerta quanto ao destino sempre pensando na hora da partida definitiva, buscando preservar aquilo que há de mais sagrado em uma família que “a Mãe”, afinal na vida é tantas as coisas necessárias e ao mesmo tempo naturais que não percebemos o envelhecimento e por conseqüência disso as despedidas não tardam a chegar, sempre é triste e doloroso, mas um mal natural e necessário, a ausência inesperada assola, destrói planos e sonhos, nos remete há um sentimento de tristeza profunda que jamais será arrancado do peito, e após longos anos se transformará em dor chamada saudade que não se tem explicação e nem pode ser compreendida.
Agora vocês netos aproveitem o tempo com suas avós, filhos amem mais suas Mães e jamais deixe de dar um abraço hoje, pois o amanha poderá ser tarde.
Hoje mesmo junto das pessoas que mais amo nesse mundo minha Mãe e minha Tia, todos os dias ainda sinto saudade daquela que sempre estava disposta a trocar idéias e escutar o desabafo dos filhos, dos netos e de quem fosse preciso, em memória descanse em paz.
A todas as Mães do mundo em especial a minha Mãe Rosa e minhas Tia Lourde e Maria um feliz dia das Mães!!!

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